Isto resultou numa escassez substancial de chips de silício, o que, por sua vez, provocou um súbito aumento dos preços do silício. Os preços do silício metálico aumentaram 300% desde o início de agosto de 2021, devido à ordem da província de Yunnan de que a produção não excedesse 10% em relação à produção de agosto. Os preços do polissilício atingiram o seu ponto mais elevado em quase uma década. Por sua vez, tal provocou um caos na indústria solar, uma vez que a mesma é altamente dependente de chips de silício. Além disso, a proibição não oficial por Pequim de importar carvão da Austrália produziu um efeito dominó no fornecimento de energia da China, afetando ainda mais a produção de silício.

Cerca de 80% do preço de um módulo fotovoltaico depende do custo das matérias-primas. A alteração dos preços das matérias-primas afetou consideravelmente toda a cadeia de abastecimento fotovoltaica. Desde o início de 2021, verificou-se um aumento drástico no preço dos módulos solares fotovoltaicos devido a um súbito pico nos preços do silício.

Os preços dos módulos solares aumentaram 18% desde o início de 2021, após uma queda de 90% durante a última década. Isto resultará em atrasos nos projetos de instalação de painéis solares, abrandando ainda mais o crescimento da indústria solar. Uma vez que a China é o principal produtor mundial de polissilício, representando uma quota de 67%, tal cria uma elevada dependência dos países importadores face à China. Além disso, a indústria do silício é ainda mais afetada devido ao aumento das tensões entre a China e os EUA.

Equilíbrio próximo entre a oferta e a procura até 2022

A oferta de silício deverá aumentar em 2022, mas se a procura aumentar ao mesmo ritmo, espera-se um forte equilíbrio entre a oferta e a procura em 2022. Como resultado, espera-se que os preços dos módulos fotovoltaicos permaneçam elevados nos próximos meses